Há escolas que são gaiolas. Mas, há escolas que são asas.
Rubem Alves.
Como todo o
final de ano, o clima natalino e o espírito da fraternidade ressurgem. E,
Juntamente dele, acompanha o espírito agradável e num tanto fantasioso do
nosso velho mais querido: o Papai Noel. Com o seu trenó e as suas renas, o bom
velhinho vem distribuir os presentes para os pequeninos que foram
educados, comportados e que se dedicaram ao longo de todo o ano. Mas, dessa
vez, o Papai Noel achou por bem não presentear dois garotinhos-crescidos que
aprontaram. Eles são Fernando Haddad e Cesar Callegari.
A julgar pelos seus atos, "faz tempo"
que não ganham presentes! Pois, tornarem-se meninos-adultos desagradáveis
e displicentes no que diz respeito aos seus atos. Os meninos, assim,
tornaram-se homens! E, desse modo, alcançaram cargos públicos de prestigio e
importância. Fernando Haddad, por exemplo, é o atual prefeito do estado de São
Paulo. Já Cesar Callegari, é o nosso atual secretário da Educação. É
necessário ressaltar que, às vezes, eles são incompetentes em suas ações
frente ao nosso Estado e às pessoas que nele moram.
Entretanto, quais foram as suas traquinagens
para não receberem o presente do velho de barba branca e serem ridicularizados
pela população paulistana? No dia
9 de dezembro de 2014, o nosso atual prefeito, em uma nota ao jornal FOLHA,
afirmou que as escolas - de modo geral, Ensino Fundamental e Médio - deveriam
aprovar os alunos mesmo mediante ao não alcance das médias estabelecidas pela
legislação! Ou seja, devemos aprovar os alunos mesmo se eles tirarem - em suas
respectivas avaliações - a famosa nota vermelha! "Ler tal nota é
semelhante a tomar um soco no estômago", afirma professor da rede pública
do Estado de São Paulo.
No caso do secretário municipal da educação, não foi
diferente! Pois, o mesmo, também, fez uma afirmação semelhante. Talvez, no
conjunto da proposta, mudasse apenas algumas vírgulas e pontos - que, de
maneira geral - não muda a afirmação em seu todo.
As afirmações de ambas as autoridades
demonstram, claramente, o fracasso da nossa educação brasileira. E demonstra,
também, o quanto ela continuará escorrendo para o ralo do fracasso.
Pois, se
os professores da rede estadual devem aprovar os alunos mesmo mediante à nota
vermelha, estamos assinando um atestado de burrice e, por sua vez, de país:
subdesenvolvido! Assinar esse atestado não é o único problema.
O problema é como essas as pessoas e as suas ações "mal
educadas" refletirão em nossa sociedade - que por sinal, é um doce em seus
dados de criminalidade. Assim, pense no seguinte problema: imaginem um
garoto do subúrbio X, mal educado (com um Estado que ainda Ajuda) e sem
oportunidades! Qual a probabilidade das atitudes desse mesmo garoto acabar em
desastre perante a sociedade devido a uma péssima educação? O senso comum
responderia: total!!!
Porém, o fato é que não dá para saber. Para
responder a essa questão, não é permitido ser preconceituoso e tendencioso.
Pois, as pessoas são diferentes. E, por isso, esse garoto (X) pode contrariar
as estatísticas e as deduções lógicas.
Porém, quando se trata de política pública e ela
diz respeito à educação, não podemos nos prender no achismo. Isto é: "de
repente ele se tornará um cidadão do bem, civilizado ou mal civilizado,
criminoso". Os políticos devem ficar longe da aposta, mas se fiar no
direito à Educação que todos os indivíduos brasileiros (estrangeiros, também)
possuem por lei - basta recorrer à LDB (Leis de Diretrizes e Bases).
De acordo com
as afirmações dos líderes do Estado, podemos concluir que a educação pública
está - está em seu cenário geral - condenada, a cada dia, ao fracasso:
simplesmente pela nota vermelha? Não! Pelo que decorre da má educação! O que
decorre da educação? Platão, um dos filósofos mais conceituados da tradição
filosófica, afirmou em sua obra A
República que a decorrência
da má educação é o mal!
Por isso e tão somente por isso - façamos um gracejo -, os
líderes da nossa São Paulo não merecem ganhar - pelo menos, esse ano - seus
devidos presentes. Pois, estão deixando de cuidar corretamente do nosso bem supremo: A educação! Portanto, ho, ho, ho, para Fernando Haddad e Cesar
Callegari, o Papai Noel, não chegou!!!